Implementação da Nova taxa de Importação que vai afetar AliExpress, Shein e Shopee

Aprovação da Nova Taxa de Importação

A Câmara dos Deputados aprovou a nova taxa de Importação de 20% para produtos abaixo de $50. Esse projeto agora segue para aprovação no Senado, onde é esperado que também seja aprovado. Este imposto é adicional ao ICMS de 17% que já é cobrado, resultando em uma carga tributária considerável para os consumidores.

Impacto no Preço Final dos Produtos

O cálculo dos impostos não é simples devido à sua natureza cumulativa. Abaixo estão exemplos detalhados dos cálculos de impostos para produtos importados, tanto abaixo quanto acima de $50, incluindo o frete.

Cálculo para Produtos Abaixo de $50

  1. Cálculo do Imposto de Importação:
    • Valor do Produto: R$ 240,00
    • Imposto de Importação (20%): R$ 240,00 x 0.20 = R$ 48,00
    • Total após Imposto de Importação: R$ 240,00 + R$ 48,00 = R$ 288,00
  2. Cálculo do ICMS:
    • Valor após Imposto de Importação: R$ 288,00
    • ICMS (17%): R$ 288,00 x 0.17 = R$ 48,96
  3. Valor Final do Produto:
    • Total após ICMS: R$ 288,00 + R$ 48,96 = R$ 336,96

Portanto, o valor final do produto para o consumidor será de R$ 336,96, representando um aumento de R$ 96,96 em relação ao preço original de R$ 240,00. Esse aumento é considerável e pode impactar significativamente o poder de compra dos consumidores.

Cálculo para Produtos Acima de $50

Para produtos acima de $50, a base de cálculo será ajustada, mas a metodologia é semelhante. Vamos considerar um exemplo de um produto com valor de R$ 600,00, incluindo o frete:

  1. Cálculo do Imposto de Importação:
    • Valor do Produto: R$ 600,00
    • Imposto de Importação (60%): R$ 600,00 x 0.60 = R$ 360,00
    • Total após Imposto de Importação: R$ 600,00 + R$ 360,00 = R$ 960,00
  2. Cálculo do ICMS:
    • Valor após Imposto de Importação: R$ 960,00
    • ICMS (17%): R$ 960,00 x 0.17 = R$ 163,20
  3. Valor Final do Produto:
    • Total após ICMS: R$ 960,00 + R$ 163,20 = R$ 1123,20

Portanto, o valor final do produto para o consumidor será de R$ 1123,20, representando um aumento de R$ 523,20 em relação ao preço original de R$ 600,00.

Justificativas e Controvérsias

O governo justificou a introdução deste imposto como uma medida para proteger a indústria nacional. No entanto, estudos indicam que as compras internacionais pela internet representam apenas 0,5% do varejo brasileiro, o que levanta questões sobre a real necessidade dessa medida para a proteção da indústria local.

O deputado Atila Lira foi um dos principais responsáveis por incluir a questão da importação no projeto de mobilidade verde e inovação, o que gerou controvérsias. Muitos críticos argumentam que a medida visa principalmente aumentar a arrecadação de impostos, ao invés de efetivamente proteger a indústria nacional.

Impacto no Comércio Eletrônico

O novo imposto de 20% para importações de produtos abaixo de $50 pode ter um impacto significativo no comércio eletrônico brasileiro. Embora os políticos afirmem que a nova taxa é destinada a proteger a indústria nacional, a realidade é que apenas uma pequena fração das vendas no varejo é composta por compras internacionais.

Perspectiva dos Consumidores

Para os consumidores, essa nova taxa representa um aumento substancial no custo dos produtos importados, dificultando ainda mais o acesso a produtos internacionais. A nova carga tributária de 44% (20% de imposto de importação mais 17% de ICMS) para produtos abaixo de $50, e de 77% (60% de imposto de importação mais 17% de ICMS) para produtos acima de $50, é considerada por muitos como excessiva, especialmente considerando que as compras internacionais já representam uma parcela muito pequena do varejo brasileiro.

Conclusão

A aprovação da nova taxa de importação de 20% para produtos abaixo de $50 e a manutenção da taxa de 60% para produtos acima de $50 pela Câmara dos Deputados, somadas aos 17% do ICMS, resultarão em um aumento significativo no preço final dos produtos importados para os consumidores brasileiros. Enquanto o governo argumenta que a medida é necessária para proteger a indústria nacional, estudos mostram que as compras internacionais representam uma pequena fração do varejo brasileiro. A medida agora aguarda aprovação no Senado, onde é esperado que seja ratificada.

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